Não sei, não me interrompa agora que estou quase conseguindo, disponível
só, não é uma palavra bonita? Sabe, eu me perguntava até que ponto você
era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em
você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção
daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em
você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no
fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só
conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa
compreender.
Caio F. Abreu
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