Você vê uma borboleta e a toma em suas mãos.
Você vê sua beleza e a
coloca no seu coração.
Desejando mantê-la consigo,
você fecha as
mãos em torno dela,
com receio de que voe e se vá.
Com grande
alegria você pensa:
"Agora posso tê-la para sempre".
Logo a
alegria se vai,
pois a beleza da borboleta
já não é mais a
mesma.
Parte de sua beleza era a sua liberdade !
A borboleta
sente-se traída.
Alguma coisa cruel afastou-a de sua liberdade.
Em
pânico, ela se debate para libertar-se,
apenas fazendo você
apertá-la mais forte.
Percebendo como a borboleta
deve estar se
sentindo,
você abre suas mãos.
Ela voa novamente para longe,
agradecida
por sentir-se livre outra vez.
Você, então, pensa em palavras
Que
há muito havia esquecido:
Se você ama alguma coisa, deixe-a livre.
Se
voltar, é sua.
Se não voltar, nunca foi.
Marcelo Gidaro.
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